Ninguém nunca entendeu direto aquela garota. Não falava com ninguém. Chegava sempre no melhor da festa e atraía todos os olhares. Não se sabe por que, nunca pegava uma fila pra nada. Os seguranças sempre a deixavam passar na frente de todo mundo. Ela olhava para trás e sorria. Um sorriso de canto de boca, sincero. Eles sempre deixavam ela entrar.
Assim que chegava ia direto pra bar. O barman já sabia o que ela ia pedir, por isso ela nem precisava pedir nada. Assim que ele a via entrando e, acreditem, todos viam quando ela entrava, ele começava a preparar seu drink. Uma mistura de tequila, vodca e curaçau com alguns morangos e bastante gelo. A bebida combinava com suas unhas, sempre vermelhas. Também ao barman ela lançava aquele olhar, aquele sorriso que deixava todos hipnotizados.
Não ia encontrar ninguém, não falava com ninguém. Não dava ousadia para nenhum homem que se aproximasse, e não eram poucos os que faziam isso. Dançava a noite inteira. De um jeito próprio, diferente das outras garotas.
As luzes pareciam iluminar apenas aquela criautra. Enquanto ela estava ali, a música parecia escolhida para ela. Ela era o centro das atenções de homens e mulheres. Passava horas dançando. Um sorriso de leve sempre iluminava o rosto.
Aí, de repente, ela deixava a pista. Não parecia cansada, estava revigorada. Ainda mais encantadora do que quando entrou. Ainda mais bela, mais deslumbrante. Saía como entrava, com todas as regalias e sem falar com ninguém. Depois que ela ia, ficava na lembrança como um sonho.
Um comentário:
There never was a woman like Gilda!
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